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🖐 Boa notícia. Ainda estamos aqui!

Isso significa que o Mês de Mentoria para Mestrar plantou uma sementinha, que começou a germinar. Nos outros anos, ao final do evento, tudo terminava. Mas desta vez esta newsletter continua de pé, e a Taverna da nossa comunidade também.

📜 Artigo de hoje

Guia do mestre sobrevivente

[Transmissão de rádio transcrita, recebida na torre de comunicação nº 3, antes de ser tomada pelos caminhantes]

Olá, mestres de sobrevivência. Aqui é o Zeke falando do Bunker 7, onde dirijo sessões de RPG para manter a sanidade do pessoal, enquanto o mundo lá fora se decompõe. Descobri um método para preparar jogos que funciona tão bem quanto nossas táticas de sobrevivência: preparar situações, não cenas.

Muitos mestres novatos caem na armadilha de roteirizar cada encontro. Igual meu amigo Joey, que saiu para buscar suprimentos com um "plano perfeito" e nunca voltou. O problema? A realidade não segue roteiros, e nem jogadores de RPG. Quando você cria situações abertas, seus jogadores ganham agência real, e seu mundo de jogo parece vivo.

Manual de preparo de situações

Localização - Comece mapeando o terreno. Pode ser um shopping, um bunker, ou uma fortaleza de cultistas. Ofereça múltiplas entradas, diversos caminhos, túneis que se conectam e passagens secretas. A exploração deve ser recompensadora por si só.

• Tática de sobrevivência: Para minhas sessões, desenho mapas rápidos com características memoráveis em cada área. "Saguão com escada colapsada formando uma rampa", "Farmácia com infectados presos em gaiolas improvisadas". Esses detalhes me ajudam a improvisar quando os jogadores inevitavelmente fazem algo inesperado.

Habitantes - Quem ou o quê está nesse local? Misturo diferentes tipos de desafios. Um bando de arruaceiros controlando a entrada, alguns cães infectados no estacionamento subterrâneo, e talvez um enorme (infectado de 3 metros) guardando o depósito de alimentos.

• Tática de sobrevivência: Não determino exatamente onde cada antagonista está posicionado. Mantenho uma lista e os coloco conforme os jogadores exploram e conforme o ritmo da sessão exige. Três encontros rápidos seguidos são exaustivos; um encontro longo demais fica tedioso.

Inclua aliados potenciais - um refém que conhece a planta do lugar, um arruaceiro disposto a trair seu grupo, ou um sobrevivente escondido que pode oferecer informações.

Comportamentos - Como esses habitantes agem quando os jogadores não estão por perto? Os arruaceiros têm rotinas de patrulha? Os infectados são atraídos por som? Agem diferente de dia e de noite?

• Tática de sobrevivência: Desenvolva lógica para seus PdMs e criaturas. Isso ajuda a improvisar suas reações às ações dos jogadores. Se os jogadores causarem uma explosão na entrada leste, como os diferentes grupos reagirão?

Objetivo - Por que os personagens iriam a este lugar perigoso? Estão buscando medicamentos? Resgatando alguém? Procurando uma peça para consertar o rádio? O objetivo deve ser claro e motivador.

• Tática de sobrevivência: Anoto o objetivo principal e possíveis objetivos secundários. "Principal: recuperar insulina do hospital. Secundários: encontrar antibióticos, verificar se há sobreviventes, mapear rotas de evacuação." Relembro os jogadores sobre esses objetivos durante a sessão.

Complicações - Prepare eventos que podem mudar a dinâmica durante o jogo. Uma tempestade repentina? Uma horda de infectados atraída pelo barulho? Combustível vazando de um gerador?

• Tática de sobrevivência: Mantenho uma lista de 3-4 complicações possíveis e as introduzo em momentos de baixa tensão ou quando os jogadores parecem demasiado confortáveis.

A diferença crucial

Quando criamos situações em vez de cenas prescritas, algo mágico acontece: o jogo ganha vida própria. Você não sabe se os jogadores vão escalar o prédio, negociar com os arruaceiros ou criar uma distração. Não sabe como os PdMs vão reagir às suas escolhas malucas. Não sabe qual complicação terá mais impacto.

Sua função não é escrever a história, mas sim preparar o cenário para que ela aconteça naturalmente durante o jogo. Como descobrimos neste mundo pós-apocalíptico, os melhores planos são adaptáveis.

Da última vez, meus jogadores deveriam recuperar suprimentos médicos de um hospital. Eu esperava que usassem furtividade. Em vez disso, eles conseguiram domar alguns infectados com equipamentos obtidos em uma aventura anterior, e os usaram como distração. Nunca poderia ter previsto isso, e foi a sessão mais memorável do mês.

Lembre-se: Se seus jogadores surpreenderem você, você está fazendo certo.

- Zeke, Mestre de Jogo do Bunker 7, Dia 857 após o Surto

Olha só que disseram sobre nós!

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